da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
Somente em 2019, em dez meses – de janeiro a outubro – a Patrulha Maria da Penha prendeu 23 agressores em flagrante por descumprimento de medida protetiva, forma de coibir e dar segurança às mulheres vítimas de violência doméstica. O número é 77% maior do que o registrado em 2018 inteiro (13 presos). Desde que foi implantada, em maio de 2017, a Patrulha Maria da Penha tem encorajado cada vez mais mulheres a denunciarem e se livrarem de seus agressores. Hoje, 25/11, é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.
Em 2017, primeiro ano do serviço, a Guarda Civil, que responde pela Patrulha Maria da Penha, recebeu 275 medidas protetivas, realizou 5.920 rondas e fez 3 prisões em sete meses. Em 2018, foram recebidas 361 medidas, feitas 9.189 rondas e 13 prisões. Já entre janeiro a outubro, foram registradas 457 medidas protetivas, realizadas 12.736 rondas e efetuadas 23 prisões em flagrante de agressores. Ao todo, foram atendidas 1.093 vítimas, feitas 27.845 rondas e 39 prisões em menos de três anos.
De acordo com a comandante da Guarda Civil, Lucineide Aparecida Maciel, os números não significam um aumento da violência, mas o fortalecimento da mulher que não aceita mais ser vítima e vai em busca de ajuda. “Com certeza, quando a mulher denuncia, não é porque é a primeira agressão. Ela já vem sofrendo há meses, pelo menos. Mas, com as campanhas de conscientização, a mulher acaba se fortalecendo e saindo desse ciclo de violência. Ela é capaz de identificar o relacionamento abusivo e denuncia”, ressalta a comandante.
HISTÓRICO - A Patrulha Maria da Penha atua na proteção, prevenção, monitoramento e acompanhamento de mulheres que conquistaram judicialmente medidas protetivas de urgência 24 horas, mantendo o agressor afastado da vítima. Além disso, realiza atendimento humanizado e inclusivo à mulher vítima de violência.
Desde a criação da Patrulha, a Prefeitura informa as mulheres sobre a existência do serviço de diversas formas, entre elas reportagens, folders e campanhas. As campanhas “A Força de uma é a Força de Todas” e “Mulher, Você tem todo Direito de ser Feliz”, impactaram a população. A primeira, composta por peças com frases que levam à reflexão sobre sinais que apontam que uma mulher pode ser vítima de violência mesmo que não perceba, foi amplamente divulgada nas redes sociais. A segunda ganhou as ruas e os terminais de ônibus urbano, com veiculação nas TVs dos terminais, backbus (peças adesivadas em ônibus) e com cartazes espalhados nos pontos de ônibus.
A campanha no transporte coletivo foi idealizada pela presidente do Fussp (Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba), Sandra Negri, em parceria com a GC e Via Ágil, com verba do Fussp.