da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
A Residência Médica da Secretaria de Saúde, desenvolvida na rede SUS do município, segue tendência bem diferente da apontada em estudo recente, desenvolvido pela Faculdade de Medicina de São Paulo (USP), cujo resultado foi divulgado pelo jornal Estadão, de 26 de março. Enquanto no país o índice de vagas ociosas nos cursos de espacialização chega a 40%, na média, segundo o estudo, em Piracicaba é de aproximadamente 20%.
Nas especialdiades médicas mais consolidadas e, por isso, mais atrativas, como Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ginecologia e Obstetrícia, o estudo aponta que 30% das vagas disponibilizadas no território nacional não são preenchidas. Em Piracicaba a ocupação dessas vagas é de 100%. Ou seja, todas as vagas que foram oferecidas em 2017 e 2018 foram preenchidas, o que demonstra o fortalecimento do programa no município.
Em Piracicaba, a menor ocupação está no curso Medicia de Família e Comunidade, provavelmente porque é tida em todo o país como uma especialidade pouco conhecida em relação às mais tradicionais. Das 10 vagas ofertadas este ano, apenas três foram ocupadas. Mas a tendência é o seu fortalecimento. De acordo com Rogério Tuon, um dos coordenadores da Residência Médica, os serviços e hospitais privados estão cada dia mais interessados em profissionais com esta especialidade. O próprio Ministério da Saúde também estabeleceu critérios diferenciados para estimular a adesão dos egressos da graduação para essa especilidade. “Essa combinação de fatores tende a aumentar a atratividade da especialização e ampliará a sua procura”, afirma.
Dr. Pedro Mello, secretário de Saúde, observa que a Residência Médica do município tem ganhado força a ponto de atrair alunos de todos os cantos do Brasil, inclusive de outros países. “Na primeira turma de formandos, que concluíram suas especialidades em 2016, havia médicos do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Pará, inclusive um da Ucrânia, país do leste europeu. Entre os médicos que entraram este ano, recebemos profissionais do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bolívia, Pará e Mato Grosso”.
Para o secretário, a Residência Médica faz parte do projeto do governo muncipal de transformar a cidade em polo de formação de profissionais em saúde. “O fato da cidade contar com uma boa estrutura de saúde pública e privada e agora com o Hospital Regional em funcionamento e o Hospital do Câncer sendo contruído, além da faculdade de medicina, que está em vias de iniciar a primeira turma, a cidade ganha ainda mais força, pelo seu diferencial como polo de formação, o que tende a atrair mais médicos para se aprimorar no município”, concluiu.