da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
O vereador Laércio Trevisan Júnior (PR) voltou a usar a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (6), para falar do número de mortes provocadas por febre maculosa em Piracicaba. Ele questionou os dados divulgados até aqui ––a informação inicial, de quatro casos registrados neste ano, foi retificada pela Prefeitura, que agora afirma serem oito. Para Trevisan, o número está subestimado ––o vereador acredita que o total de mortes pela doença já estaria em 11 na cidade.
"Recebi um comunicado da Secretaria de Saúde sobre as mortes por febre maculosa. Até então, o Jornal de Piracicaba havia recebido uma informação dúbia, não verdadeira, e a preocupação desse vereador vem dos casos ocorridos na Esalq-USP: seriam 11 mortes. Hoje, o jornal novamente diz que a Secretaria de Saúde anunciou oito mortes", comentou Trevisan. O vereador mostrou preocupação com o fato de as informações a respeito das mortes causadas pela doença demorarem a vir a público. Ele lembrou que, ao não tomar consciência da gravidade do problema, a população deixa de adotar medidas preventivas. "Não sendo esses fatos públicos, muita gente se expõe ao perigo, em locais com focos do carrapato." Trevisan citou como exemplos as pessoas que circulam pela rua do Porto e pela avenida Cruzeiro do Sul, que seriam locais com focos do carrapato-estrela, vetor da doença. "Passarinho grande, quatizinho e sagui trazem o carrapato. É preocupante, principalmente para quem mora perto do rio." O vereador também cobrou a responsabilidade do Ibama e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. "Órgão público precisa alertar, mostrar, combater. O Ibama e a secretaria não podem ficar omissos. O que foi feito para remanejar as capivaras? É perigoso, não é para elas conviverem no meio urbano", alertou. MATO ALTO Ele cobrou a limpeza do mato nas calçadas. "A população que paga o IPTU quer que seja solucionada a situação. Porque o vereador é cobrado na rua e tem que dar uma resposta à sociedade. Muitas vezes o Executivo não consegue enxergar, então o vereador faz os encaminhamentos", justificou.
Na tribuna, Trevisan também comentou sobre os "vários ofícios" que enviou à Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente. Segundo o vereador, há lugares no Centro da cidade em que o mato alto chega a 1,20 metro de altura nas calçadas. "Vou pegar uma máquina e começar a roçar as calçadas na região central para ver se a Prefeitura acorda", disse Trevisan, em tom irônico.