da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
A epidemia de Aids tem registrado, nos últimos anos, estabilidade em relação a novos casos. O coordenador do Centro de Doenças Infecto-Contagiosas (Cedic), Moisés Taglieta, apresentou panorama do programa municipal de prevenção e tratamento durante a reunião ordinária desta quinta-feira, 29. “Até agosto, foram registrados 22 novos casos, uma média bem parecida com a do ano passado (2011), quando terminou com 28”, explicou. Taglieta lembrou que neste sábado, dia 1, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. “Estes números já chegaram a ser 100”.
Apesar dos avanços, Taglieta observa que, no caso de uma epidemia, é sempre importante manter-se atento. “Ainda faremos muitas ações sobre prevenção, porque não podemos descuidar”, disse ele, lembrando que, recentemente, tem havido um crescimento nos casos de jovens gays, “um dado que, infelizmente, tem voltado a nos preocupar”, disse. Neste sábado, a partir das 9 horas, haverá caminhada sobre a prevenção de DST/Aids saindo do Mercado Municipal, descendo a rua Governador Pedro de Toledo, virando a rua São José e terminando com orientações e distribuição de panfletos sobre prevenção na Praça José Bonifácio.
“A Aids continua sendo uma doença que não tem cura, embora as pessoas vivam e convivam com ela nos últimos anos”, disse Taglieta, ao lembrar que, nos anos 1980, quando foi descoberta os pacientes sofriam maior degeneração do sistema imunológico. “Produzindo imagens horríveis, de uma situação que estava totalmente fora do controle”, disse. De acordo com a Vigilância Epidemiológica do município, desde 1982 até 2010, foram 1440 casos positivos na cidade. Desse total, 68,82 por cento (991) foram em pessoas do sexo masculino e 31,18 por cento (449) do sexo feminino. Com relação à faixa etária, a maior incidência está entre pessoas de 30 a 39 anos.
Taglieta informou também que, desde o início do combate à doença no município, já morreram em decorrência dela cerca de 500 pessoas. “Por isso, o caminho tem que ser realmente a prevenção e o uso dos meios da prevenção”, disse, que lembra das parcerias do Cedic, ligado à Secretaria Municipal de Saúde, com igrejas e outras entidades para disseminar o uso dos preservativos, tanto os masculinos (a popular “camisinha”) quanto os femininos (mais recentes, e que, segundo Taglieta, “também tem sido uma alternativa eficaz”).
Durante a sua fala no intervalo do Expediente de quinta-feira, 29, Moisés Taglieta lembrou que o Brasil está na vanguarda do tratamento de Aids, oferecendo todos os medicamentos do chamado “coquetel”, formado por 12 remédios, voltados para oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes com Aids. “Fomos pioneiros e hoje o coquetel tornou-se de uso mundial”, lembrou o representante da Secretaria Municipal de Saúde.