Paulo Henrique Participa De Palestra Do Ex-Capitão Do Bope

28/11/2012 - Piracicaba - SP

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Ao som da música Tropa de Elite, da banda Tihuana, o ex-capitão do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro, Paulo Storani subiu ao palco do Clube do Saudosista de Piracicaba para palestra motivacional “Construindo uma Tropa de Elite”, que contou com a participação do vereador Paulo Henrique Paranhos Ribeiro (PRB), coordenador da campanha “Todos Contra a Pedofilia”.

Com extensa atuação na área de operações especiais, comando e estratégia, dentre outras ações, Paulo Storani, comentou que o nível de comprometimento é que transforma um objetivo, uma meta, uma tarefa em uma missão. “O missionário é capaz de fazer sacrifícios, de abrir mão de coisas, para cumprir a sua missão”.

Na palestra Storani utiliza sua experiência para estabelecer a relação entre a realidade do BOPE e a do mundo corporativo. Ele buscou despertar o público para objetivos como a superação de desafios no ambiente competitivo de trabalho e o foco na liderança, tomando como modelo os “homens de preto” do BOPE.

O militar explicou que o desconforto é o pressuposto da busca do conforto e que na metodologia do BOPE é válido o “Princípio do Desconforto”, pelo qual só temos a noção de conforto quando estamos no desconforto. “O conforto representa a plenitude, a missão cumprida. Precisamos continuar lutando, continuar buscando”, falou Storani.

O Caveira 69, como é conhecido no BOPE comentou que o Batalhão é baseado em três fundamentos: seleção rígida, treinamento regido e controle rígido da performance,. Explicou que o treinamento é duro por que a realidade é dura e, que uma das missões da corporação é transformar o Rio de Janeiro em um lugar melhor e seguro para as próximas gerações.

Storani também falou sobre a Regra Vitoriosa do BOPE, também chamada de Regra dos Caveiras que são, determinar o objetivo, planejar a missão, preparar a equipe, executar o plano e avaliar os resultados.

Segundo ele, são as pessoas que fazem uma marca ser referência. E o  BOPE é referência, pois são os 400 profissionais  que fazem a diferença, dentre 40 mil da categoria. A nossa frase é: Vá e Vença! “Missão dada é missão cumprida”, disse Storani, que também enfatizou o trabalho em equipe.

A interação com o público em sua palestra tem como objetivo despertar as pessoas para superarem os “desafios” do ambiente competitivo de trabalho e para focarem a “Liderança” na ótica dos integrantes do BOPE.

 

TROPA DE ELITE CONTRA A PEDOFILIA

O militar parabenizou o vereador Paulo Henrique pela campanha “Todos Contra a Pedofilia”, que tem como objetivo alertar a população para este crime que destrói a vida da vítima e de sua família. 

Ele falou da importância da campanha que também está sendo implantada pelo BOPE nas UPPs no Rio de Janeiro e deixou um recado a todos que fazem parte da Tropa de Elite Contra a Pedofilia.

“O conceito de Tropa de Elite significa uma equipe comprometida com o trabalho e que vê,  dá valor ao que faz e acredita que está buscando o melhor. E não esqueçam que missão dada é missão cumprida!” , falou o Caveira 69.


O FILME

Paulo Storani, que é dos três oficiais que serviram de inspiração para o Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura falou sobre sua participação como consultor dos filmes Tropa de Elite 1 e Tropa de Elite 2, desde o processo da seleção do elenco até o treinamento dado ao atores.

Após um estudo detalhado do roteiro Storani identificou as técnicas que os atores deveriam aprender para atuar como exímios policiais e montou um cronograma de duas semanas.

Na primeira delas, eles viram conceitos básicos sobre a atuação da polícia e aprenderam desde aspectos comportamentais e hierárquicos até como se movimentar e segurar uma arma de fogo.

Na segunda semana Storani começou a trabalhar a liderança e Nascimento se tornou de fato capitão, passando a ter voz de comando e a corrigir erros. “Foi desse laboratório que o ator pegou a maioria das referências para a composição de seu personagem”, comentou

A metodologia era a de pressão constante e incluía três tipos de advertência: verbal, física e piora  delas, o chamado tanque tático,  no qual os atores, caso não reagissem às duas primeiras intervenções, eram obrigados a mergulhar na água gelada. Depois da punição, tinham que retornar ao trabalho, molhados e com frio. Nem Wagner Moura escapou dos castigos.

Do contato com Storani, Wagner pegou emprestado o hábito de chamar os outros de "senhor’, dizer "padrão" quando algo está bom  e também a falar levantando sempre o rosto, para demonstrar liderança.

O palestrante comentou que o diretor José Padilha queria fazer um filme realista. Por esse motivo, decidiu dividir os atores em diferentes núcleos (policiais convencionais, Bope, traficantes e estudantes), que teriam consultores especializados.

om base em sua experiência, ele trouxe para os produtores do filme a técnica da "etnodramaturgia", que consistia em fazer com que os atores não apenas estudassem os tais ritos de passagem, mas também os vivenciassem na prática. Storani convidou mais três policiais para aplicar nos atores o exigente laboratório.

 

PAULO STORANI

Paulo Storani é mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (2008). Pós-graduado em Administração Pública (2004), em Gestão de Recursos Humanos (2002), ambos pela Fundação Getúlio Vargas – RJ, e Treinamento Físico pela Universidade Gama Filho – RJ (1999). Curso de Operações Especiais, e Mestre de Tiro, possui cursos nos EUA e Israel.

Foi Subcomandante do BOPE no Rio de Janeiro e consultor do Filme Tropa de Elite. Professor da Universidade Cândido Mendes, pesquisador do Instituto Universitário de Políticas Públicas e Ciências Policiais da Universidade Candido Mendes – RJ e, Secretário Municipal de Segurança Pública da Prefeitura de São Gonçalo – RJ. É comentarista da Globo News, dentre as diversas atividades que exerce atualmente, onde também se destaca a de palestrante.

 

 

 

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