da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Com exposições que atraem, a cada mês, um público médio de 340 pessoas, o hall do prédio anexo da Câmara completa quatro anos, agora em agosto, consolidado como um dos principais espaços para a divulgação da produção artística de Piracicaba. Inaugurado em 2012, o local, que passou a contar com recursos multimídia em janeiro de 2013, já recebeu obras de nomes consagrados, como o cartunista Jaguar, e de jovens talentos da cidade.
Num cálculo que considera as 20 últimas exposições realizadas no hall, 6.800 pessoas passaram pelo local. Entre os visitantes cativos, está a Escola Municipal "Antonio Boldrin", que desenvolve, desde 2015, um projeto que estimula as crianças matriculadas na unidade a ocuparem espaços públicos. Desde então, a garotada, todos na faixa etária de 3 a 6 anos, já visitou quatro mostras e, inclusive, protagonizou as exibições que ficaram em cartaz em outubro de 2015 e junho deste ano.
"Começamos com um projeto de ocupação de espaços públicos por crianças pequenas, e a Câmara foi um dos lugares que elegemos para frequentar, sistematicamente falando. Fizemos um projeto para ir ao hall, com uma imersão das crianças nos espaços da Câmara, e fomos a várias exposições", conta Fernanda Ferreira de Oliveira, professora de educação infantil da escola localizada no Parque Orlanda.
A educadora enaltece um das características que tornam as mostras do Poder Legislativo municipal um passeio altamente recomendado para as crianças: o acolhimento. "Sempre fomos muito bem recebidos. Não podemos ter o pensamento de que é fácil acolher crianças pequenas. É diferente de adultos ou adolescentes, é um outro processo", comenta Fernanda, que, nas exposições promovidas pela "Antonio Boldrin", dividiu a curadoria com Fábio Bragança, diretor do Departamento de Documentação e Arquivo da Câmara.
O historiador, que é o responsável pela organização da maioria das mostras que se instalam no hall, comemora a inserção da Câmara no circuito cultural da cidade. "Avalio que, após quatro anos, o espaço passou por um amadurecimento dentro do processo de realizar exposições, que é muito mais do que colocar obras de arte para visitação", analisa Bragança.
"Hoje, esse espaço está consolidado como mais um aparelho de cultura da cidade, pois a Câmara também tem esse papel, de abrir espaço e incentivar a cultura, visto que nosso primeiro prêmio de aquisição de obras de arte foi criado em 1976, pela lei número 354", recorda o historiador ––por sinal, a exposição de "inauguração" do hall, em agosto de 2012, reuniu justamente parte dessa coleção.
Bragança destaca ainda a iniciativa de levar as mostras originalmente instaladas na Câmara a outros lugares com a finalidade de alcançar diferentes públicos. Um exemplo foi a exposição itinerante "Conhecendo Almeida Junior", que passou por 17 escolas da rede municipal e atraiu 5 mil pessoas entre 2014 e 2015.