da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
O Centro de Medicina Veterinária da Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA-CVM, na sigla em inglês) publicou no Federal Register (equivalente ao Diário Oficial da União nos EUA) nesta sexta-feira, 11 de março, sua conclusão preliminar de Resultado de Impacto Não Significativo (Finding Of No Significant Impact, FONSI na sigla em inglês) sobre o uso do mosquito da Oxitec OX513A para um teste em Florida Keys (Estados Unidos).
A publicação do FDA-CVM concorda com a minuta de avaliação ambiental submetida pela Oxitec, produtora do mosquito conhecido no Brasil como “Aedes aegypti do Bem”, que concluiu que o teste de campo dos mosquitos geneticamente modificados OX513A em Key Haven dentro de Florida Keys no Estado da Flórida (EUA), não irá resultar em impacto significativo no ambiente. Essa conclusão acontece após a avaliação liderada pelo FDA dos potenciais impactos do teste para a saúde e o ambiente.
“Estamos muito contentes com a publicação desta conclusão preliminar do FONSI pela equipe liderada pelo FDA. O mosquito Aedes aegypti representa uma ameaça significativa para a saúde humana em muitos países e tem espalhado os vírus da Zika, dengue e chikungunya” , afirmou o CEO da Oxitec, Hadyn Parry, que completou: “Esse mosquito é uma espécie invasora nos EUA, e difícil de controlar. Os métodos mais eficazes de controle usados atualmente são capazes de reduzir a população desse mosquito em, no máximo, 50%, o que simplesmente não é suficiente. Estamos ansiosos para realizar este teste e com o potencial que ele tem de proteger as pessoas do Aedes aegypti e das doenças que ele transmite.”
PIRACICABA
O “Aedes do Bem” é utilizado em Piracicaba desde o dia 30 de abril de 2015, quando teve início a soltura do mosquito geneticamente modificado da Oxitec na região dos bairros Cecap/Eldorado, em caráter experimental. Após dez meses do projeto, a tecnologia conseguiu reduzir o número de larvas do Aedes aegypti selvagem na área tratada em 82%.
Diante do sucesso do uso da tecnologia, o projeto será prorrogado no Cecap por mais um ano e ampliado para a região central do município, abrangendo uma área com 60 mil habitantes, durante dois anos. A expansão do uso do “Aedes do Bem” em Piracicaba irá trazer ainda uma biofábrica da Oxitec no município, com a geração de mais de uma centena de empregos e investimentos de milhões de reais.
“Essa aprovação preliminar do Aedes do Bem pelo FDA é positiva e mostra que estamos no caminho certo, pois já testamos a tecnologia há quase um ano em nosso município. Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também recomendou medidas alternativas, como o mosquito transgênico, pois as formas tradicionais de combate ao vetor da dengue, chikungunya e Zika vírus têm se mostrado ineficazes”, disse Gabriel Ferrato, prefeito de Piracicaba.
O OX513A tem liberação de uso pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que considerou o mosquito inofensivo para a saúde humana, animal e ao meio ambiente, desde abril de 2014 e aguarda um posicionamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercializá-lo.