da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
O vereador Bruno Prata (PSDB) usou a tribuna, em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (25), para reproduzir nota emitida pela direção nacional do PSDB e assinada pelo ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, em que a conduta da presidente Dilma Rousseff durante o período eleitoral é criticada.
Prata disse ser necessário corrigir a "anomalia que ocorre com a presidente da República". "Ela é a presidente de todos nós, não do PT. De todos os que passam fome, de todos os brasileiros que estão participando das eleições. Não pode, em hipótese nenhuma, usar a máquina pública federal, a propaganda do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES, da Petrobras para encher o cofre das TVs, revistas e rádios para fazer campanhas para seus aliados. Não pode ser parcial neste momento. Lamento [a postura de Dilma] e concordo plenamente com a direção nacional do PSDB. Não podemos nos calar neste momento. O voto é livre, é a arma que todos nós temos", afirmou o vereador. Divulgada no último dia 23, a nota lida por Prata afirma que Dilma, "valendo-se de todo o aparato logístico garantido a chefes de Estado, dedicou os últimos quatro dias quase que integralmente a ajudar aliados em campanha". "No momento em que o país acompanha a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre os réus do mensalão, com a punição exemplar daqueles que comandaram o mais ousado esquema de corrupção já registrado na história do Brasil, o PSDB sente-se na obrigação de vir a público cobrar respeito da presidente Dilma Rousseff ao cargo exercido e à sua obrigação de preservar a vontade democrática dos eleitores, nesta reta final das eleições municipais", diz a direção nacional do PSDB. "A promessa da presidente da República de limitar o envolvimento de seus ministros na disputa eleitoral deste ano não resistiu às pressões de seu partido, o PT. Para reverter o fraco resultado que se desenhava antes do primeiro turno, a presidente Dilma não só liberou seus ministros, como ela própria sucumbiu aos pedidos de seu antecessor e mergulhou de cabeça na agenda eleitoral, na tentativa de ajudar aliados", continua a nota. "Do primeiro turno para cá, a situação só se agravou. Não satisfeita em colocar cargos federais a serviço das campanhas petistas, como vimos acontecer em São Paulo, a presidente da República decidiu partir para o confronto com a oposição. Valendo-se de todo o aparato logístico garantido a chefes de Estado, a presidente Dilma dedicou os últimos quatro dias quase que integralmente a ajudar aliados em campanha. Na sexta, participou de comício do candidato do PT em Salvador. No sábado, desembarcou em São Paulo para ajudar companheiros de partido em Campinas e São Paulo. E ontem foi a Manaus", descreve a cúpula do partido. "Em todos esses eventos, mais do que pedir votos para os candidatos da base aliada, a presidente optou por atacar a oposição. Pior, em atentado à própria Constituição Federal, procurou transmitir a ideia de que apenas os eleitos de sua preferência teriam um tratamento do governo federal à altura das necessidades do povo. Em vez de usar sua energia para agredir adversários, a presidente Dilma deveria centrar seus esforços na recuperação da economia brasileira que, conforme os últimos dados conhecidos terá, neste ano de 2012, o pior resultado dentre os países da América Latina", conclui a nota.