da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Encontro aconteceu no campo de futebol da rua Porto e contou com a presença de mais de 30 animais.
O vereador André Bandeira (PSDB) participou na manhã deste domingo (30) do 1º Encontro de Berneses, uma das raças participantes do projeto Anjos que Latem, organização não-governamental, que promove trabalho social com entidades assistenciais, hospitais e lares de apoio, através de cinoterapia (terapia com cães).
Segundo os organizadores o objetivo do 1º Encontro de Berneses é reunir os cães e seus tutores para troca de informações e experiências. Eles lembram que os cães da raça Berneses são fiéis companheiros, dóceis, pacientes e tolerantes com as crianças e excelentes para tratamentos terapêuticos.
Atualmente, a ONG que é formada por voluntários comprometidos em ajudar o próximo levando seus cães ao Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC), Lar dos Velhinhos e na Clínica Dia para interagir com crianças, adultos e idosos internados ou em tratamento. Esses cães passam por uma socialização antes de começar a visitar as instituições.
O 1ª Encontro de Berneses que foi organizado por Ricardo Cansando, dono de quatro cães da raça Berneses, contou com a presença de 30 animais de diversas cidades, que chamou a atenção do público pela beleza e forma de interagir. “Resolvi organizar o evento após ver uma matéria de encontros realizados em Curitiba, lá é somente para tutores. Aqui resolvi fazer um evento aberto para que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer um pouco mais da raça e desses cães que além de bonitos são dóceis”, comento Cansado
Marcelo Kraide, um dos responsáveis pela ONG Anjos que Latem, contou que a ideia de fazer um trabalho em conjuntos com o Hospital do Fornecedores de Cana surgiu há cinco anos, eles fazem parte do tratamento de cinoterapia, abordagem terapêutica que tem como diferencial o uso de cães no tratamento físico, psíquico e emocional dos pacientes, que tem como resultado a melhora no quadro clínico e, consequentemente, a recuperação dos pacientes.
Ele explicou que para fazer parte do projeto o cão não precisa ser adestrado, basta ser um animal sociável e que interaja com outros cães e seres humanos. Dentro dos hospitais eles não devem latir, serem agressivos ou lamber o paciente.
A coordenadora das atividades da ONG junto ao Hospital dos Fornecedores de Cana, Juliana Mazzonetto, contou que as visitas as instituições é sempre rápida e tem os dias definidos pelos coordenadores. Os encontros de cinoterapia têm duração de cerca de 40 minutos a no máximo uma hora, período que os cães podem desenvolver a atividade sem se estressar.
O animal co-terapeuta é aquele que é calmo, amigável e interessado. Para que o trabalho tenha êxito, o cão também tem de gostar da interação com os pacientes. “O cão é um ótimo co-terapeuta, pois não dá atenção à idade ou à habilidade física das pessoas, sendo que aceita as pessoas como são, sem qualquer preconceito. Pode ainda ter um papel fundamental no dia a dia de pessoas com dificuldades motoras, auditivas, visuais", comentou a coordenadora.
De acordo com os coordenadores do projeto, o benefício principal aos pacientes é que com a companhia dos cães, eles tornam mais abertos e comunicativos. A co-terapia válida para todas as idades e circunstâncias. Em idosos, crianças, pessoas com transtorno do desenvolvimento, síndromes, deficiência mental e disfunção neuromotora, os resultados são mais satisfatórios.
“O trabalho realizado por esses cães é interessante, pois com seu carinho e amor ajudam na recuperação dos doentes. É um lindo trabalho realizado por esses cães e por seus tutores, que ajudam a ONG de forma voluntária, visando apenas o bem do próximo”, comentou o parlamentar.