Audiência estuda região para ser central de radiodifusão

26/11/2014 - Piracicaba - SP

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Convocado pelo vereador Capitão Gomes (PP), encontro na Câmara discutiu a criação de área de uso comum no bairro Capim Fino

Representantes das principais emissoras de rádio de Piracicaba e membros do secretariado municipal indicaram como “bastante provável” que o Capim Fino seja definida como a região da cidade onde serão instaladas as antenas de transmissão. Após decreto presidencial, as rádios AM poderão optar por emitir sinais FM e, por conta desta mudança, o vereador Capitão Gomes (PP) convocou audiência pública sobre o assunto nesta terça-feira (25), no plenário Francisco Antonio Coelho, na Câmara de Vereadores de Piracicaba. 

A proposta em criar uma “central de radiodifusão” busca organizar as antenas de transmissão em espaço definido, onde seja possível manter distante do perímetro urbano, já que estes aparelhos emitem radiação nocivas ao ser humano. “Se colocarmos as antenas em um mesmo local, eu acho que estaríamos acomodando e resolvendo o problema”, disse Jairinho Mattos, proprietário da Rádio Educadora AM. Ele observa, apenas, que, para instalar as antenas FM, é preciso local em ponto alto em relação ao nível médio da cidade. 

Proprietária da Rádio Difusora AM, Roberta Soave lembrou que a antena de transmissão da sua empresa já está no Capim Fino, “e não vejo outra forma, a não ser aproveitar a mesma torre e colocar a AM lá”, disse ela, que também lembrou que outras rádios também já têm o equipamento naquele mesmo local. Ela criticou, no entanto, a instalação de antenas de telecomunicações (celular), porque estas atrapalham o sinal das antenas de radiodifusão. “Eu acho que a gente precisa discutir também um maneira de tirá-las de lá”, disse. 

O Capim Fino como região para instalação das antenas radiofônicas também é defendido pelos representantes da Prefeitura Municipal. A engenheira agrônoma Lidia D’Arce Martins, da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), lembra que, ao concentrar os equipamentos naquela região, pelo menos serão liberadas duas áreas de preservação permanente (APP) na cidade, onde hoje contam com antenas do mesmo porte. Arthur Ribeiro, da Secretaria de Obras (Semob), acredita que, ao definir o espaço, também irá melhor bastante a fiscalização e o ordenamento destes equipamentos no município. 

Capitão Gomes (PP), autor da audiência pública, lembrou que o problema chegou ao seu gabinete quando passou a questionar as antenas de telecomunicação. “Pedi algumas informações para a Anatel e ela me indicou a necessidade deste debate sobre as antenas de rádio”, observou o vereador, que ficou muito satisfeito com o resultado do encontro. “A partir de agora, vamos fazer consultas técnicas para caminhar na definição legal para instalação destas antenas e, assim, dar a todos a possibilidade de transmissão”, disse. 

A audiência pública também contou com a participação do vereador André Bandeira (PSDB), que defendeu o diálogo na busca por soluções, do procurador-geral do município, Mauro Rontani, e de representantes técnicos da Difusora, Educadora e Onda Livre.

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