da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Visita à favela evidencia precariedade em que famílias vivem.
O vereador Chico Almeida (PT) acompanhou o processo que culminou na retirada de 104 famílias, que saíram da favela da Portelinha, no bairro Tatuapé, em Piracicaba. Essas famílias começaram a ser removidas ainda no domingo (17), e vão morar numa das unidades reservadas à elas no condomínio Piracicaba I, na região do bairro Vila Sônia, em Santa Terezinha. O cenário pode até parecer favorável, porém, as famílias que não conseguiram uma nova habitação ainda enfrentam situações de risco e precariedade dentro da favela.
Este é o caso de Caroline Ferraz, que mora com seus três filhos, num barraco prestes a cair. Ela pediu ao vereador Chico Almeida que conferisse a situação de sua casa e a de sua vizinha. Se o barraco de Caroline despencar, atinge a casa do lado. A moradora afirmou que mora no local há quatro anos, e que, quando chegou na favela, após sair do aluguel, por não ter condições de arcar com as despesas, teve que pagar R$ 4 mil pela acomodação. O desespero se mistura com um pouco de esperança, já que ela acredita que ainda será removida da área e terá a chance de ter uma casa própria.
Outro problema, não só apontado por Caroline, mas por várias famílias com quem Chico Almeida conversou foi o esgoto. O líquido de odor forte corre livremente pelas vielas da favela, em contato com animais e crianças, além de atrair ratos e animais peçonhentos. Os moradores contam que quando chove é pior ainda, pois o cheiro desagradável fica mais intenso. Diversas famílias relataram que estavam cansadas dos ratos e baratas e, tiveram que adotar gatos para tentar melhorar o quadro.
Em tom realista, Chico Almeida conversou com as famílias e explicou que como vereador sua função é cobrar as autoridades e criar mecanismos de ajuda, porém, isso nem sempre significa que o objetivo será atingido e é necessário o apoio da comunidade.
A habitação é um problema em expansão em Piracicaba, que tem recebido cada vez mais novas famílias. “A falta de residências é grande, e a prefeitura deveria trabalhar com políticas mais eficazes, porque do jeito que está, as favelas e a situação dos ocupantes só vão aumentar”, disse.