Pessoas Ostomizadas Também Precisam De Banheiros De Adaptados

6/7/2012 - Piracicaba - SP

da acessoria de imprensa da câmara de Piracicaba

A professora Izabela Camargo Pavan enfrentou, há um ano e meio, câncer de intestino e, depois de passar pela cirurgia de ostomia, a qual cria uma nova saída para as fezes, vive difícil realidade devido à falta de adaptação em banheiros públicos e de uso coletivo. “Embora existam locais adaptados a pessoas com deficiência, a maioria não oferece condições para quem é ostomizado”, diz. Ela procurou o vereador André Bandeira (PSDB) para tentar sensibilizar o poder público acerca das necessidades específicas de pessoas nesta situação.

Usuária de uma bolsa instalada em seu abdômen, Izabela convive com o desafio diário de higienização não só pessoal, mas também do material, o qual lhe garante tranqüilidade já que, como paciente ostomizada, ela não tem controle sobre esta necessidade fisiológica. “Preciso de banheiros que contém com uma ducha higiênica e também um espelho na altura do abdômen para que possa fazer a limpeza sem ajuda de ninguém”, explica a professora da rede estadual.

Os casos de constrangimento são inúmeros, conta Izabela, que esteve no gabinete do vereador André Bandeira ao lado da sua mãe, Marylin de Camargo, nesta quarta-feira à tarde, dia 4. “Eu já não tenho mais vontade de sair de casa porque nunca sei como vou ter garantia de que estarei num lugar com condições para me manter limpa”, diz ela, que, além de lecionar, também toca violão e flauta doce. A paixão pela música a levou a tatuar uma clave de fá no punho esquerdo.

“Gosto muito de freqüentar shows e teatro, mas não consigo mais ir a estes locais simplesmente porque, se precisar limpar a bolsa e me limpar, não sei se terei condições”, ressalta. Não é um número preciso de quantas cirurgias de ostomia são feitas no Brasil, porém, quem passou pelo procedimento enfrenta também o desconhecimento sobre as necessidades desta população. “Embora legalmente o paciente ostomizado é pessoa com deficiência, em geral não é tratado desta forma, já que, aparentemente, é alguém ‘normal’”, explica Izabela.

O vereador André Bandeira garantiu que buscará sensibilizar o poder público municipal a incluir em banheiros públicos o espelho e a ducha higiênica, assim como levar à sociedade a necessidade de incluir estes equipamentos como itens básicos em banheiros adaptados. “O paciente ostomizado é uma pessoa com deficiência e os banheiros precisam ser adaptados a eles também”, defende o vereador André Bandeira, o qual tem como causa a acessibilidade.

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