da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Na última segunda-feira (20), vereador participou de seminário sobre implantação de ramal ferroviário e do terminal de Ártemis
Preocupado com os impactos ambientais e sociais, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) participou na segunda-feira (20), na Prefeitura de Piracicaba, do seminário técnico regional Competitividade e integração logística regional para a implantação do ramal ferroviário e do terminal de Ártemis. Paiva já declarou que é contra a construção da barragem de Santa Maria da Serra, mas a favor da construção da hidrovia, por isso apoia o movimento Salve o rio Piracicaba – Não à barragem de Santa Maria da Serra, que colherá assinaturas a partir do próximo dia 26, na Rua do Porto.
Segundo Paiva, são muitos os impactos ambientais e sociais e poucas as medidas compensatórias. Como há alternativas com menos custos e menor impacto, o vereador acredita que o alagamento do Tanquã, também chamado de Pantanal Paulista, que ocorrerá se o empreendimento de aproveitamento múltiplo de uso da barragem de Santa Maria da Serra for aprovado, terá um grande impacto ambiental e o risco de perda do habitat da fauna silvestre é considerável. O vereador também se preocupa com a população que vive em Tanquã, que precisará procurar outro local para sua moradia.
O EIA-Rima atribui 55 impactos, sendo 34 ambientais e 21 socioeconômicos, mas não pontua nenhum impacto social, que segundo Paiva é uma grande falha. “Participei da audiência pública em Piracicaba no final de 2013 participarei das audiências em Anhembi e Águas de São Pedro, pois acredito que a construção da barragem de Santa Maria da Serra não é o melhor caminho. Os impactos são consideráveis e a população será prejudicada com a alteração na qualidade da água e do ar, perda de coberta vegetal e nativa, alteração do microclima local, risco de contaminação da água, possibilidade de enchentes em Piracicaba, perda de solos com potencial agrícola, alteração nas condições de saúde da região, especulação imobiliária, perda de reflorestamento, alteração na dinâmica geográfica, incômodos à população da região, alteração no mercado de trabalho, interferência no patrimônio histórico, cultural e arqueológico e principalmente impactos à população ribeirinha”, declarou.
O promotor público do Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente), Ivan Carneiro Castanheiro, prorrogou por mais 180 dias o inquérito civil que investiga os procedimentos relacionados ao estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima).
“Não dá para apoiar um projeto da forma que está sendo feito. O estudo está deixando de lado o impacto social. As pessoas serão desalojadas e isto está sendo tratado com um feito pequeno”, finalizou Paiva.