Semana Sobre Drogas Lota Salão "Helly De Campos Melges"

27/6/2012 - Piracicaba - SP

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

De forma bastante informal, o médico Josemar de Lima Oriani, da Saúde Mental, ministrou palestra para cerca de 300 pessoas no segundo dia da Semana Municipal Sobre Álcool e Outras Drogas, no salão nobre “Helly de Campos Melges”, na Câmara de Vereadores de Piracicaba. E foi enfático sobre a questão: “Todo mundo sabe e o que estou dizendo aqui pode ser encontrado em qualquer outro lugar, aliás, o que me espanta é que todos sabem quais são os malefícios causados pelas drogas”.

Organizado pelo vereador Bruno Prata (PSDB), o evento começou na segunda-feira, 25, e termina nesta quarta-feira, 27, com a palestra “De bem com a vida”, da professora Darlene Barbosa Schutzer. Além da palestra do doutor Oriani, o segundo dia também envolveu um monólogo interpretado pelo ator Charles Mariano. “Se a atividade política não produzir algo bom, então não vale para nada”, disse o vereador Bruno Prata, ao salientar a importância do evento, que lotou o salão nobre.

Para uma platéia de estudantes de escolas estaduais e técnicas, o médico Josemar Oriani combateu diversos mitos em torno das drogas. A partir de sua experiência com dependentes químicos – chega a atender 70 por dia –, o profissional deixou uma mensagem direta: “O melhor tratamento é não tomar o primeiro gole, é não dar a primeira fumada, nem a primeira cheirada”, disse ele. “Depois, quando já perdeu o controle, não adianta ir ao médico e esperar um remédio salvador”, definiu.

Em quase uma hora e meia de palestra, doutor Oriani pontuou diversas histórias de usuários e, em todas elas, segundo ele, está o composto do “transtorno do afeto”. Segundo o médico, onde há falta de afeto, quase que necessariamente, está nascendo uma pessoa com dependência química. “A sociedade hoje em dia acredita que basta dar, um carro, uma bicicleta ou uma pipa; é bom dar, mas é preciso ir também, ter o afeto junto ao objeto”, disse.

MONÓLOGO – A encenação do ator Charles Mariano contou a história de ‘Rodrigo Silva’, um rapaz que, ao chegar ao próprio velório, passa a contar a sua história e de como acabou se envolvendo com as drogas, passando do “usuário comum” para a dependência química. “O tempo passa, e muitas vezes, a gente não sabe como aproveitá-lo”, diz o personagem, em sua carta antes de cometer suicídio.

 

 

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