da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba
Pelo terceiro ano consecutivo, o Índice de Breteau (IB), que avalia a infestação de larvas do mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue, ficou abaixo de um em Piracicaba. De acordo com o coordenador do Plano Municipal de Combate à Dengue (PMCD), André Luís Rossetto, o índice registrado em outubro deste ano foi de 0,7.
O indicador ficou abaixo de um também em 2011 (0,4) e 2012 (0,6). Em 2010, o número chegou a 1,2. O Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelecem que Índices de Breteau entre um e três trazem baixo risco de epidemia de dengue. Para levantar o índice, as equipes da Secretaria de Saúde visitaram 4.422 imóveis no mês passado, distribuídos no Centro e nas regiões Norte, Sul, Leste e Oeste.
Apesar do índice apontar a ausência de risco para uma epidemia de dengue no município, Rossetto alerta que o trabalho no combate à doença não pode parar e destaca a necessidade da retirada dos criadouros do Aedes aegipty dos imóveis. “Durante as visitas para a realização do levantamento, encontramos muitos criadouros. Além disso, o levantamento realizado anualmente em outubro é feito antes do período de chuvas. É preciso que a população não esmoreça e mantenha seus imóveis livres de criadouros, pois os ovos já foram depositados pelo mosquito e irão eclodir com as chuvas”, diz.
Segundo o coordenador do PMCD, os recipientes mais encontrados pelas equipes de combate à dengue da Secretaria de Saúde foram aqueles ligados à cultura da manutenção de plantas, como vasos com plantas na água, pratos de plantas e bromélias. “Houve ainda uma grande quantidade de materiais inservíveis, como recipientes plásticos, latas e pneus”, afirmou.
Única a apresentar IB maior do que um no levantamento, a região Oeste preocupa Rossetto. “Observando os bairros que apresentaram maior infestação, chamamos a atenção para a Vila Cristina, que contribuiu em maior parte para a elevação da infestação em toda região Oeste da cidade. Já a região Central, apesar de apresentar índice abaixo de um, ficou em segundo lugar, com três bairros nesta região ocupando entre o segundo e quarto lugares do ranking. Essa região apresenta muito risco, pois há três anos se mantém entre as mais infestadas do município”, alerta.
Conforme Rossetto, a região Oeste preocupa em função do histórico epidemiológico, alto índice de infestação, topografia irregular e o grande número de áreas de invasão, com carência de abastecimento de água e coleta de lixo. “É uma área também com alta densidade demográfica e vários pontos de descarte clandestino de lixo e entulho em áreas verdes e margens de córregos”.
Para o coordenador do PMCD, a preocupação na área central se deve ao aumento recente da infestação e casos da doença no local, além das dificuldades para ações de controle do mosquito “principalmente no que diz respeito à aplicação de inseticida” e ao grande número de idosos, expostos a quadros mais graves de dengue.
Evolução do Índice de Breteau (IB) em Piracicaba |
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Área |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
Norte |
1 |
0,3 |
0,6 |
0,5 |
Sul |
1,3 |
0,4 |
0,6 |
0,6 |
Leste |
1,2 |
0,5 |
0,5 |
0,6 |
Oeste |
0,9 |
0,4 |
0,1 |
1,1 |
Centro |
1 |
0,6 |
0,6 |
0,8 |
Total do município |
1,1 |
0,4 |
0,5 |
0,7 |