Trevisan criticou a tática da Prefeitura de lançar como investimentos na Saúde verbas provenientes dos governos federal e estadual, além de gastos que deveriam ser debitados na conta de outras secretarias, como a de Obras. "Jogam-se valores na verba da Saúde para dizer que nunca teve um Orçamento tão grande, mas, dos R$ 220 milhões, R$ 93,5 milhões são do governo federal, que nunca mandou tanto dinheiro para Piracicaba como nestes últimos anos. Isso não contam para a população", disse o vereador.
"Colocam a verba do Hospital Regional no Orçamento da Saúde, para parecer que tem muito dinheiro; teria que estar na Secretaria de Obras. A quem vocês querem enganar? Falem a verdade! Falem a verdade que em 2004 eram 371 leitos e atualmente são 354, que diminuíram 17 leitos e a população cresceu 14 mil. Falem a verdade que são 40 médicos a menos no sistema de saúde, que a espera é de 6, 7 horas para ser atendido, em que os médicos atendem todos num bolo só, chegam às 9, 10 horas e depois vão embora. Falem a verdade que não se paga bem para contratar e não vai se contratar porque não tem interesse", criticou.
Para Trevisan, uma das soluções a curto prazo seria alugar o prédio do antigo Hospital da Unimed, que possui 107 leitos montados. O vereador lembrou que é seu costume fiscalizar as condições das unidades de saúde inclusive à noite, nos feriados e aos fins de semana. "As condições são péssimas, os ambientes são precários. Quando se vai acordar, secretário da Saúde?", questionou o vereador, dirigindo-se a Fernando Cárdenas. Trevisan disse apostar que o presídio que está sendo construído na rodovia Piracicaba-Limeira ficará pronto antes do Hospital Regional, que, para o parlamentar, não será concluído este ano, como projeta a Prefeitura. "O Hospital Regional vai ser construído com o dinheiro do povo de Piracicaba para atender 52 cidades. Não vai acabar e vai terceirizar lá na frente, eu espero estar aqui para ver isso ai. Vão passar para alguém tomar conta", afirmou.
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