da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba durante a reunião ordinária de quinta-feira, 27, para rebater carta aberta de entidades médicas que declararam o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de “persona non grata” por propor a contratação de médicos estrangeiros. “A nota é muito infeliz. Eu cumprimento o senhor Alexandre Padilha por ser ‘persona non grata’ ao corporativismo, ao mercantilismo e à comercialização da saúde como produto e não como serviço de qualidade de vidas às pessoas”, declarou o vereador.
Inserido no programa “Mais Médico”, a contratação de seis mil médicos estrangeiros, conforme anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff, é “a última etapa” de um projeto baseado em ações amplas com o intuito de melhorar a qualidade da saúde pública no Brasil. “O governo federal quer financiar residência médica pública para que seja transformada em serviço público”, disse Paiva, lembrando que 70 países contratam médicos estrangeiros, especialmente cubanos, “Espanha e Portugal, entre eles, contratam os cubanos desde 2009”, salientou o vereador petista.
Paiva lembrou, ainda que, quando o Haiti foi devastado por um furacão, médicos de diversos países ficaram 23 dias no país, sendo que, depois deste período, restaram apenas os médicos cubanos, “que seguraram a onda”, avaliou o vereador. Paiva avalia, ainda, que a tentativa da classe médica em rejeitar a contratação destes profissionais é “uma segregação racial, discriminação e preservação ideológica”, já que “não tenham dúvida de que o médico cubano vai fortalecer a saúde pública, disseminando um moedlo preventivo e um modelo socialista”, acrescentou o legislador. Para o vereador, os mais preocupados com a vinda dos médicos estrangeiros são os grandes núcleos de medicina privada e os que vivem de pedidos de exames de alta e média periculosidade. “Tem gente aqui dizendo que vai perder dinheiro, mas esta mesma pessoa tem dinheiro pra caramba investido em bancos”, definiu o vereador.