da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Pode estar com os dias contados, em Piracicaba, o caos no trânsito causado por semáforos que apagam por causa da chuva. Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), está propondo à Prefeitura a adoção de semáforos sustentáveis, que, além de consumirem menos eletricidade, têm um sistema que os torna imunes a quedas de energia ––tipo de situação recorrente quando há tempestades ou acidentes na rede de distribuição.
Em indicação que será encaminhada ao Executivo, Capitão Gomes sugere a instalação do equipamento ––que funciona com energia solar, captada por placas de fotocélulas–– em cruzamentos estratégicos e vias de intensa circulação de veículos, como as avenidas Armando Salles de Oliveira, Independência, Carlos Botelho, Centenário, Saldanha Marinho, Luciano Guidotti, Alberto Vollet Sachs, Presidente Kennedy, São Paulo e Água Branca, além de ruas de grande fluxo, como XV de Novembro, Moraes Barros, Prudente de Moraes, Treze de Maio, São José, Benjamin Constant, Alferes José Caetano e Boa Morte, entre outras. O semáforo "ecológico" já vem sendo adotado por municípios associados ao "Cidades Sustentáveis", programa que estimula boas práticas em todo o planeta. O equipamento é composto por um conjunto de peças ligadas a baterias fotossensíveis que armazenam energia para funcionamento posterior, podendo ser híbrido (alternando com a energia elétrica convencional) ou exclusivamente por meio da energia solar. "Sabe-se que esse sistema já funciona em Maceió (AL) há mais de cinco anos e nunca deixou de operar nem sequer por 1 minuto", enfatiza Capitão Gomes. "É um sistema aprovado e muito confiável. Uma vez abastecidas, as baterias podem ficar operantes por até cinco dias sem ser preciso recarregá-las. Outro aspecto interessante é que não há necessidade de haver sol o tempo todo, como alguns poderiam imaginar", acrescenta o vereador, ao lembrar que, "apesar de pouco explorada pelos governos municipais", a ideia não é nova. Em 2001, um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) desenvolveu um semáforo equipado com diodos emissores de luz, que, além de tornarem o equipamento mais econômico, reduz a quantidade de resíduos produzidos pelo descarte de lâmpadas incandescentes. Preocupado com os problemas causados no trânsito por causa da queda de energia, o grupo também instalou um sistema eletrônico que permite que o semáforo seja alimentado por energia convencional ou solar, que é a prioridade do invento. A criação, denominada "Sinalizador de trânsito à base de LED com operação emergencial", foi testada com sucesso em São Carlos (SP), onde está localizado um dos campus da USP, e contou com financiamento do programa "Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas".