Paiva requer explicações sobre vagas "abertas" em hospitais

19/3/2013 - Piracicaba - SP

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba

Paiva protocola requerimento de urgência para pedir explicações ao prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), quanto à abertura de 27 vagas de hospital anunciadas pela imprensa no sábado, 16 de março.

Em virtude da matéria veiculada no Jornal de Piracicaba, no sábado, 16, que informava a população piracicabana que a prefeitura abriu 27 vagas em hospitais para internação, o vereador e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, José Antonio Fernandes Paiva (PT) protocolou nesta segunda-feira, 18, em regime de urgência, um requerimento solicitando explicações ao chefe do Executivo sobre como foram abertas as vagas informadas. Por ser em caráter de urgência o requerimento foi para pauta de votação da sessão ordinária do mesmo dia, e aprovado pelos vereadores.


Segundo o parlamentar os relatos dos problemas com saúde pública chegam de diversas formas diariamente no gabinete. “Recebemos o desabafo desesperado de cidadãos e cidadãs que não se sentem amparados em suas necessidades. As deficiências estão em várias áreas, faltam vagas em hospitais, remédios, exames laboratoriais, transporte de urgência e emergência, consultas com especialistas, estrutura física, enfim, as reclamações são muitas e acentuadas pelo fato de os cidadãos se verem diante destes problemas em momentos de grande estresse emocional e não se sentirem devidamente acolhidos pelo sistema” esclarece Paiva.


Paiva relata sobre a publicação no Jornal de Piracicaba no sábado, 16, sobre a abertura de 27 vagas em hospitais da cidade. “Vimos incialmente com esperança, e depois com surpresa, a divulgação da prefeitura de ter aberto 27 vagas em hospitais da cidade. No dia anterior ao anúncio, portanto, exatamente no dia em que as vagas estavam sendo abertas, realizamos dois atendimentos no gabinete em que as famílias, desesperadamente, pediram nosso apoio. Um deles, o mais grave, no sentido de impedir a alta informada por um dos médicos de uma junta que atende o paciente, quando, na noite anterior, outro médico integrante da junta afirmara que não havia previsão de alta do paciente em questão. A família ainda recebeu a orientação que deveria preparar-se para um longo período de internação a fim de estabilizar o paciente e dar-lhe chance de sobrevida”, explicou Paiva.


Antes de o requerimento ir para votação o parlamentar discutiu a propositura usando a Tribuna da Câmara, para explicar aos vereadores os reais motivos que o motivaram a apresentar o documento. “São 77 dias de governo deste mandato e as demandas que estão surgindo nesta Casa de Leis, concentram nas notícias estampadas nas capas dos jornais” disse Paiva. O vereador fez uma apresentação com as principais notícias que afirmam que a saúde em Piracicaba está um caos.
O vereador falou também sobre o Hospital Regional, “estes dias houve uma discussão para saber quem iria administrar o Hospital Regional, é aquele negócio botam o filho no mundo e depois vamos ver como faremos para criar.

"Eu sempre falei aqui na Tribuna desta Casa de Leis, nós não somos contra o Hospital Regional, mas tem quer ter verba de custeio, tem que saber quem vai gerir, como é que vai ser administrado”, disse Paiva. O parlamentar esclareceu que a Câmara de Vereadores aprovou a criação do cargo de administrador do hospital com um salário de R$ 2.400,00 mensais. “Agora eu pergunto aos seus senhores, é possível encontrar um profissional capacitado para administrar um Hospital Regional recebendo este salário? O Governo Municipal fez uma grande publicidade em torno da construção do Hospital Regional, mas não sabe ainda quem vai administrar” afirmou Paiva.


Paiva também disse que entendia a fala do médico e vereador Ronaldo Moschini (PPS) que disse que houve um equívoco muito grande sobre a criação das 27 vagas hospitalares. Segundo o líder do PPS o que aconteceu foi que houve 27 internações de pacientes neste dia, vagas em situação zero e alguns outros pacientes com vagas por senha. “Estas 27 vagas foram para pacientes encaminhados para o hospital através do SAMU e da central de vagas, com vagas em situação zero, o que contam os 27 casos, e não 27 vagas, pois elas são as mesmas vagas já existentes”. Para Paiva até agora a prefeitura não divulgou nota para dizer que as vagas não foram criadas, mas que elas já existiam.

No requerimento o líder do PT quer saber se a Secretaria Municipal de Saúde formou alguma comissão junto aos hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) para analisar a situação dos pacientes que receberam altas a fim de que as vagas fossem abertas? A prefeitura comprou novas vagas nos hospitais conveniados que teriam gerado estas 27 vagas apontadas pela imprensa? Se comprou, em que hospitais e quantas vagas? O vereador ainda quer uma relação de quantas altas aconteceram no dia 15 de março, com as seguintes informações: Em que hospitais elas aconteceram? Qual a idade do paciente? Qual o motivo da internação? Que médico que solicitou a internação? Qual o motivo da alta? Que médico assinou a alta? Quanto tempo o paciente permaneceu no hospital? O paciente passou por alguma UPA (Unidade de Pronto Atendimento)? Se sim, quando ocorreu à entrada e quanto tempo permaneceu na UPA? E por último o parlamentar indaga o prefeito municipal se é do seu conhecimento que possa haver indícios de que as altas foram forçadas no dia 15 de março a fim de abrir as vagas que fora noticiadas no dia 16.


Paiva também disse que conversou com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha que disse que o Governo Federal disponibiliza verba para construção de unidades de saúde, custeando com 50 por cento dos recursos, basta que o Governo Municipal apresente um projeto e seja cadastrado no sistema de convênios. “O Governo Federal disponibiliza 50 por cento , 25 por cento vem do Governo Estadual e 25 por cento é custeado pelo município para implantação de unidades de saúde, agora tem que ter projeto”, finalizou Paiva.

 

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