da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Piracicaba
Em sua primeira experiência no setor público, o empresário Sérgio Antonio Fortuoso apontou como um de seus principais objetivos realizar, à frente da Secretaria Municipal do Trabalho e Renda, uma gestão técnica e baseada em parâmetros científicos. Ele revelou a intenção ao receber a visita do vereador Francisco Almeida do Nascimento (PT) na manhã desta segunda-feira (4), no prédio da Semtre, na rua Voluntários de Piracicaba.
Na função há dois meses, o secretário sucedeu a professora Ângela Maria Jorge Corrêa, a quem elogiou o legado deixado na pasta, criada há apenas cinco anos. "Ela fez um trabalho fantástico, deixou uma secretaria muito bem organizada. Além disso, temos a felicidade de contar com um corpo de servidores comprometidos, e isso ajuda bastante", comentou Fortuoso, líder de uma equipe composta por 50 funcionários. Com longa experiência na iniciativa privada, importantes projetos realizados na Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba) e com bom trânsito em diferentes segmentos, Fortuoso tem buscado somar à sua vivência como empresário o conhecimento que vem obtendo por meio de leituras técnicas. "Tenho lido copiosamente toda a legislação para entender como são as metodologias de prestação de contas, captação de recursos, e como são a economia informal, o controle de ambulantes, que é uma relação delicada, em que você precisa estar bem atento para não incorrer em injustiça", ponderou. O secretário afirmou que uma de suas intenções é, o quanto antes, colocar em prática um estudo para traçar o perfil dos trabalhadores empregados em Piracicaba. A ideia é usar o levantamento para prover base científica aos projetos da pasta e apontar possíveis "gargalos" que precisem ser enfrentados. Fortuoso cita como exemplo uma situação recorrente verificada pela Semtre: a dificuldade que empresas têm de preencher postos criados. Ao mesmo tempo em que há vagas disponíveis, por um lado, e uma demanda alta por emprego, por outro, o interesse dos candidatos em se qualificarem para ocupá-las é baixo, mesmo com a ampla estrutura oferecida pela secretaria, com cursos de qualidade chancelados pelos governos federal e estadual, por universidades e pelo Sistema S. "Será que o curso que estamos oferecendo aqui ––para aquele que está ingressando no mercado de trabalho ou para aquele que está se recolocando–– é suficiente? Nós queremos ouvir as empresas do comércio, indústria e serviços: qual perfil de profissional elas querem? O que é que está faltando?", indagou. "Existem vagas e há um volume grande de pessoas procurando oportunidades de colocação ou recolocação. E o que está acontecendo para que os dois lados não se casem? Nós oferecemos cursos de excelente qualidade, mas chega-se a ter dificuldades de preencher a turma e, ainda, há cursos em que a evasão é gigantesca, em que a pessoa abandona no meio", completa Fortuoso. Para o secretário, além de ser necessária mais "assertividade" para enfrentar tal "gargalo", também será fundamental a colaboração dos vereadores no assessoramento das ações do Executivo. "Vamos precisar muito do apoio de vocês, que estão na comunidade, junto com as lideranças, para levarmos até os centros comunitários cursos que não dependam de oficinas ou de laboratórios, evitando que a pessoa precise pegar 2, 3 ônibus ou tenha que se deslocar com seu veículo para ir ao curso, já que às vezes ele acontece à noite e acaba ficando tarde, cansativo", comentou Fortuoso, citando nominalmente Chico Almeida. "O papel da Câmara é imprescindível, ainda mais com lideranças como a sua, que vem da base." Chico Almeida disse estar "disposto a fazer parcerias para trabalhar junto com o Executivo, independentemente de questões partidárias". O vereador, que é natural de Sousa (PB), lembrou já ter sido filiado por 12 anos ao PSDB (partido cujo diretório na Paraíba ele ajudou a fundar) e defendeu a execução de projetos em prol da comunidade. "Temos que olhar sempre o povo, porque foi ele quem nos elegeu."