ColunistasCOLUNISTAS

Caroline Silva Fraga

Autor: Caroline Silva Fraga

Lidere: Motive os seus ouvintes para entrarem em ação

6/3/2019 - Piracicaba - SP

“É mais fácil resistir no princípio do que no final.”

                                                   Leonardo Da Vinci

 

 

 

                                               

 

Olá,

 

Um bom orador é como o capitão de um navio. O navio tem uma posição e um destino. O capitão está sempre ciente do destino e também da posição do seu barco em relação ao objetivo final. Pergunte a qualquer comandante de navio aonde está indo e ele sabe lhe dizer instantaneamente – e com uma frase.

 

Quantos oradores sabem fazer o mesmo? Muitos querem realizar várias coisas diferentes, ou pelo menos acham que querem. Como resultado, são incapazes de concentrar seus esforços, seu raciocínio e seu coração em qualquer coisa específica. Tudo isso leva a dúvidas e confusões, primeiro nos próprios oradores, depois na plateia. Eles não reconhecem como é essencial escolher um destino importante e depois navegar até ele. Mas se aprender a fazer isso, você poderá estabelecer e alcançar objetivos para cada uma das suas apresentações, até constituir uma lista de realizações, como orador, da qual poderá se orgulhar.

 

O estranho é que, às vezes, o problema do orador é exatamente oposto. Em vez de não saber para onde seu navio está indo, o barco está parado. Parece que o discurso ficou no estaleiro e que poderia permanecer lá até começar a se despedaçar pela ferrugem e falta de uso. O motor de um navio não é ligado até que ele tenha para onde ir. O mesmo acontece com uma apresentação oral. Por isso é tão importante que todo discurso tenha um destino que o orador deseje alcançar – um lugar onde a plateia se sentirá melhor do que onde estava antes da palestra. Se o apresentador não possuir um objetivo claro, sua fala nunca levantará âncora. Talvez os motores nunca sejam ligados e a plateia nunca conhecerá a emoção de navegar até o destino que emerge aos poucos durante a viagem.

 

Se alguém interrompesse você no meio de uma apresentação e lhe perguntasse qual o próximo destino – ou seja, para onde está indo sua palestra –, você saberia responder com uma frase simples, como o capitão na ponte de comando de seu navio? Em caso negativo, talvez devesse refletir um pouco sobre isso. É claro que a hora para isso não é enquanto o discurso está em andamento. A melhor hora para essa reflexão é muito antes da apresentação, e se você tem uma programada para o futuro próximo, a hora é agora.

 

Quando você se imagina como orador, qual aspecto das suas apresentações você gostaria de reforçar? Transmitir suas ideias com mais clareza? Ou você quer tocar mais profundamente as emoções dos seus ouvintes? Mas antes de escolher sua resposta, deixe-me fazer uma pergunta ainda mais importante.

 

Como orador, por que você deseja causar mais impacto intelectual ou emocional? Por que deseja ser um orador, em primeiro lugar? Desta vez, não é necessário responder, porque a resposta é óbvia. Você quer fazer seus ouvintes entrarem em ação. Você pretende que eles façam algo baseado no que ouviram. Você não deseja que eles digam: “Foi um discurso maravilhoso”. Você quer que eles digam: “Vamos lá!”. Você quer ação!

 

Lembre-se que um discurso é feito em público por apenas três razões básicas: para informar, entreter ou inspirar ação. Esta última é, de longe, a razão mais frequente, mais importante e mais desafiadora. Fazer com que seus ouvintes entrem em ação não é uma questão de sorte, nem é um talento que certos oradores têm e outros não. É uma habilidade que pode ser aprendida e dominada. Existem métodos inteligentes e claramente definidos para se aprender essa habilidade, eu falarei disso em um post futuro.

 

Como orador se você quer ação dos seus ouvintes, primeiro ganhe o interesse, a atenção e a confiança. Já falei disso.  Depois seja sincero.

 

Para um orador, sinceridade é qualidade que se sobrepõe a todas as outras. Sinceridade profunda e genuína é a primeira característica de todos os apresentadores dignos de confiança. Nenhuma plateia pode negar a veracidade das emoções que você sente em um nível profundo, e nenhuma plateia pensaria em negá-las. Pelo contrário, seus espectadores querem sentir o mesmo que você está sinceramente sentindo. Eles querem compartilhar suas experiências de vida durante os poucos momentos em que você está diante deles.

 

Para dar esse presente a uma plateia, você primeiro tem de dá-lo a si mesmo. Você precisa se abrir para seus sentimentos antes de poder oferecê-los aos outros. É normal que, em situações de alta carga emocional ou de estresse, as pessoas procurem formas de escapar ao desafio que o momento apresenta. Elas confiam no que pensam que devem sentir, em vez de manifestar aquilo que realmente trazem no coração. Se você conseguir evitar essa armadilha e ser totalmente honesto consigo mesmo, irá descobrir um vasto estoque de sentimentos que poderá compartilhar com seus ouvintes. Sua sinceridade será óbvia, e sinceridade é a primeira e melhor forma de conquistar a confiança do seu público.

 

A essência disto é a capacidade de basear sua mensagem na sua experiência de vida. Se você apenas oferecer suas opiniões, as pessoas podem confrontá-las com as suas próprias. Se o seu discurso apenas relatar o que você ouviu ou repetir o que leu, terá sempre um jeito de produto de segunda mão. Mas aquilo que você viveu e sentiu pessoalmente será genuíno. A verdade do que você fala não é apenas uma opinião; é sua história, sua vida. E como você é a autoridade mundial nesse assunto, seu público não terá escolha a não ser acreditar em você. Então, comece a pensar nisso!!

 

 

Até breve,

Rumo ao sucesso!!

Blog pessoal:  www.phvoz.com

Compartilhe no Whatsapp