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Ricardo Di Carlo

Autor: Ricardo Di Carlo

Sobre o uso da Voz Falada do Ator

1/6/2018 - Piracicaba - SP

É válido lembrar que nas artes cênicas é possível verificar um intenso intercâmbio entre as técnicas de trabalho/ensino, sendo o teatro a arte que talvez mais absorva os saberes de outras áreas (artísticas e/ou científicas), como por exemplo, o canto e a fonoaudiologia.

No teatro, em específico, no uso da voz, é comum constatar problemas de ordem vocal, como relatam Bento e Brito (2009), é comum verificar:

 

“alterações vocais significativas numa proporção de 10% nas universidades privadas e 15% nas públicas. Essas alterações vocais ou disfonias, expressadas por rouquidões, são ocasionadas por nódulos ou calos nas cordas vocais, pólipos, fendas glóticas e espessamentos. Decorrem geralmente do abuso, do mau uso vocal e do desconhecimento dos fatores que desencadeiam os problemas vocais, como tensão excessiva na laringe e incoordenação fono-respiratória. (BRITO apud BRITO e BENTO, 2009, p. 2).

 

Neste sentido, é fundamental, que o ator de teatro ou do audiovisual, valorize o ato de pesquisa e prática vocal, e não privilegie tão somente apenas a performance em detritemento da preparação vocal.

 

É necessário que haja de maneira ativa e permanente a prática e o hábito da técnica vocal, em especial as que se relacionam ao aquecimento da voz, para o contínuo aprimoramento da performance vocal na cena, mas, também, para que se priveligie sempre a manutenção da própria saúde. Assim arte e saúde caminham juntas.

 

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